Aqui vão algumas informações rápidas sobre o filme:
- O filme foi produzido em Portugal, portanto possui diálogos com o português lusitano.
- É considerado a segunda parte de um “díptico cinematográfico”.
- A primeira parte desse díptico recebe o nome de Mal Viver.
- Foi dirigido por João Canijo.
- Viver Mal expande e aprofunda histórias apresentadas em Mal viver.
- Não é necessário ter assistido o primeiro filme entender a história.
- Os dois filmes foram construídos para serem independentes e complementares ao mesmo tempo.
QUAL A HISTÓRIA DE “VIVER MAL”? CONFIRA AQUI A SINOPSE OFICIAL
Um hotel junto à costa norte de Portugal, recebe alguns clientes problemáticos para um fim de semana. São três núcleos familiares enfrentando dramas de perdão e aceitação:
- Um homem que vive dividido entre dar atenção a sua mulher e a sua mãe.
- Uma mãe dominadora que incentiva o casamento da filha, para facilitar a sua relação amorosa com o genro.
- Outra mãe que vive através da filha, impedindo-a de tomar as suas próprias decisões.
Viver Mal é um espelho de Mal Viver (Juntos formam uma espécie de par cinematográfico). Neste filme “espelho” conseguimos ver o que só podia ser imaginado no outro. Os personagens que antes eram vultos, agora são os protagonistas.
O QUE É UM DÍPTICO CINEMATOGRÁFICO?
Díptico se refere a um objeto composto por duas partes unidas em uma espécie de dobradiça, que ao ser fechada forma um objeto único. Ou seja, Mal Viver é a primeira parte e Viver Mal é a segunda.
Então é correto afirmar que Viver Mal é uma continuação? A resposta é: depende! Tradicionalmente costumamos nomear sequências como no exemplo a seguir: Mal Viver 2 – Dramas Familiares. Entretando, o díptico é um conceito que vai além de um filme principal e sua continuação. Canijo planejou os dois filmes para serem independentes e complementares ao mesmo tempo. De acordo com o diretor, podemos assistir a qualquer um na ordem que desejarmos.
VALE A PENA VER?
Assistir Viver Mal sabendo que existe outro filme que o complementa, torna a experiência mais imersiva. Independente da ordem que você escolher para começar este díptico, cria-se a vontade de descobrir e conhecer melhor quem são as sombras que andam pelo hotel.
Eu tive a oportunidade de ver os 2 filmes. E hoje posso dizer que foi algo único. Pude costurar em minha mente, em flashbacks com cenas das duas obras, uma colcha de sentimentos que o roteiro e a direção estavam me entregando.
Sabe aqueles filmes que a gente gosta de se gabar de ter assistido em rodas sociais para pagar de cult? Viver Mal e Mal Viver irão te dar esse upgrade. O seu repertório aumentará só tentando explicar o que é um díptico cinematográfico! Maravilhas audiovisuais não estão reservadas apenas para clássicos. É a sua oportunidade de sair do eixo clássico Bergman – Tarkovski – Hurosawa. Peço desculpas pelo discurso jacoso. É que realmente fiquei impressionado, e gostaria que você também desse a chance de apreciar o que eu pude sentir com esses dois filmes. Vale muito a pena!