Anjos da Noite, a série cinematográfica que coloca vampiros contra lobisomens (ou lycans como ela prefere chamar), parece que nunca irá terminar. Passaram-se quatro anos desde o lançamento de O Despertar e este Anjos da Noite – Guerras de Sangue marca o quinto filme da série (caso você já tenha se perdido nas contas).
Anna Foerster, melhor conhecida por séries de TV como Criminal Minds e Outlander, substitui os suecos Måns Mårlind e Björn Stein, em seu primeiro trabalho nos cinemas e se torna a primeira diretora a assumir a franquia.
Alguns poderiam esperar um ponto de vista diferente vindo de uma mulher numa franquia como esta. Não é o caso! Foester opta pelo caminho mais seguro, mantendo a fórmula usual vista nos filmes anteriores. Dessa forma, Guerras de Sangue cai nos mesmos problemas dos seus antecessores. Uma trama fraca e cheia de diálogos expositivos que seriam desnecessários, uma vez que se trata do quinto longa de uma série com mais de dez anos de existência.
No novo filme, Selene (Kate Beckinsale, de Amor & Amizade) é uma guerreira vampira que luta para acabar com a guerra eterna entre o clã Lycan, de lobisomens sanguinários, e a facção de vampiros que a traiu. Quando um novo levante parece tomar forma, ela irá utilizar sua influência e relacionamento com ambas as partes para negociar um cessar fogo.
A pergunta que não quer calar é: há algo novo nesta nova aventura? Se você ignorar que em um determinado momento do filme Selene aparece com parte do cabelo branco e com uma nova habilidade de tele transporte, a resposta é não.
As cenas de ação são inconsistentes com alguns planos nos deixando perdidos na ação devido a uma movimentação truncada e a opção de Foester por filmar muitas delas em close-ups que acabam arruinando o que poderia ser uma cena bem coreografada e divertida. Se isso não bastasse, a fotografia obscura e o 3D não combinam em nada, fazendo da escuridão do cinema uma experiência sonolenta (mesmo com toda a ação que o longa promete).
Quanto ao elenco, Beckinsale ainda é eficaz como Selene. Já Tobias Menzies (Desejo e Reparação) não impressiona como o novo líder dos Lycan e Lara Pulver (Sherlock) se destaca levemente como a vilã vampira, Semira. Enquanto isso, Theo James faz o mesmo papel que já interpretou em Divergente, um galãzinho bonitão que está presente apenas por ser bonitão.
O filme termina mais uma vez com pontas soltas para uma possível sequência. Assim como Selene, uma vampira imortal, a série parece que ainda vai viver por muito tempo, mas fica a pergunta se ela não deveria descansar em paz.