O Diário de Bridget Jones

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“O Diário de Bridget Jones”: Uma heroína imperfeita e adorável

O Diário de Bridget Jones é uma das comédias românticas mais encantadoras do cinema moderno, conseguindo equilibrar humor e emoção com um toque irresistivelmente britânico. Baseado no livro de Helen Fielding, o filme acompanha um ano na vida de Bridget (Renée Zellweger), uma mulher solteira de trinta e poucos anos que decide tomar as rédeas de sua vida – e de suas desventuras amorosas – escrevendo um diário. Com uma narrativa cheia de ironia e situações cômicas, a produção rapidamente conquista o público com sua protagonista imperfeita, mas extremamente real e carismática.

Muito do sucesso do filme se deve ao desempenho excepcional de Zellweger. Apesar da resistência inicial à sua escalação, por ser americana e magra demais para o papel, a atriz surpreende ao incorporar Bridget de forma impecável, dominando o sotaque britânico e capturando sua insegurança, charme e humor autodepreciativo. Sua performance é natural e envolvente, fazendo com que torçamos por Bridget mesmo quando ela toma as piores decisões possíveis – e elas não são poucas.

O triângulo amoroso que move a trama é clássico e irresistível. De um lado, Daniel Cleaver (Hugh Grant), o chefe sedutor e irresponsável, que promete o mundo a Bridget, mas, previsivelmente, se revela um desastre emocional. Do outro, Mark Darcy (Colin Firth), inicialmente arrogante e distante, mas que esconde um coração genuinamente nobre. A dinâmica entre os três personagens rende momentos hilários e românticos, especialmente quando os rivais protagonizam uma briga desajeitada e absolutamente divertida.

Para os fãs de Orgulho e Preconceito (o livro), há referências irresistíveis no filme, evidenciando a influência de Jane Austen na obra de Fielding. A escolha de Colin Firth como Mark Darcy não é coincidência: ele já havia interpretado o icônico Mr. Darcy na famosa adaptação da BBC de 1995. Aqui, sua atuação reforça os paralelos entre os dois personagens, ambos inicialmente vistos como frios e esnobes, mas que, aos poucos, revelam uma sensibilidade inesperada.

Além do romance, O Diário de Bridget Jones também brilha ao retratar a vida de uma mulher comum, lidando com desafios profissionais, familiares e sociais. Bridget enfrenta gafes humilhantes, conselhos bem-intencionados (mas terríveis) de amigos e a pressão constante para atender às expectativas alheias. Sua trajetória é cheia de tropeços, mas também de momentos de autodescoberta e crescimento, o que torna a experiência tão divertida quanto inspiradora.

A direção de Sharon Maguire acerta ao manter o ritmo ágil e a energia vibrante do filme, enquanto o roteiro, assinado por Richard Curtis (de Quatro Casamentos e um Funeral), preserva a essência cômica e sarcástica do livro. A trilha sonora, repleta de hits dos anos 1990 e 2000, também contribui para o charme da produção, destacando-se em cenas icônicas, como Bridget cantando “All by Myself” sozinha em casa, afundada em pijamas e vinho.

No fim das contas, O Diário de Bridget Jones funciona tão bem porque é genuíno e repleto de coração. Seu humor é afiado, seu romance é envolvente e sua protagonista é uma das mais memoráveis do gênero. Bridget não é uma heroína perfeita – e é exatamente isso que a torna tão adorável.

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O DIÁRIO DE BRIDGET JONES
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