Bridget Jones: Louca Pelo Garoto

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"Bridget Jones: Louca Pelo Garoto" e a redescoberta do amor

Bridget Jones: Louca Pelo Garoto traz um novo capítulo para a personagem que conquistou o público desde o início dos anos 2000. Dessa vez, a comédia romântica não apenas acompanha as aventuras amorosas de Bridget, mas se propõe a explorar os desafios da vida adulta com um olhar mais maduro. O filme equilibra escapismo e realidade, oferecendo uma trama que diverte e emociona na medida certa.

A história começa quatro anos após a morte de Mark Darcy (Colin Firth), com Bridget (Renée Zellweger) tentando manter uma rotina estável como mãe solo de Billy e Mabel. Enquanto lida com a saudade do marido e a pressão das mães perfeitas da escola, ela decide se abrir novamente para o amor. Os aplicativos de namoro e a presença de Daniel Cleaver (Hugh Grant), agora um amigo, trazem situações inusitadas, mas é a relação com o professor de ciências Mr. Wallaker (Chiwetel Ejiofor) que adiciona um novo nível de complexidade à sua vida.

O grande acerto do filme é mostrar que Bridget não perdeu sua essência, mas evoluiu. Se nos primeiros filmes a personagem muitas vezes beirava a caricatura, aqui ela se apresenta como uma mulher com dilemas mais palpáveis. Ainda há espaço para momentos cômicos típicos da franquia, mas eles vêm acompanhados de uma carga emocional mais genuína. A direção de Michael Morris, conhecido por trabalhos como Better Call Saul, se destaca ao captar a solidão e o recomeço de Bridget sem deixar de lado a leveza da história.

Hugh Grant brilha ao retornar como Daniel Cleaver, agora um homem que envelheceu sem necessariamente amadurecer. Seu personagem funciona como um contraponto ao crescimento de Bridget, e o filme acerta ao não transformá-lo em uma mera caricatura. Já Chiwetel Ejiofor traz uma presença marcante e cria uma química interessante com Zellweger, tornando a dinâmica entre seus personagens um dos pontos altos da narrativa.

A adaptação do livro de Helen Fielding respeita os momentos de luto da protagonista sem perder o tom otimista. As cenas que exploram a ausência de Mark são comoventes, especialmente por se conectarem ao próprio histórico da autora, que perdeu o marido para o câncer. Essas camadas adicionam peso à história, tornando o crescimento de Bridget algo não apenas necessário, mas profundamente realista.

Mesmo abraçando elementos clássicos das comédias românticas, Bridget Jones: Louca Pelo Garoto consegue dar um frescor à franquia ao explorar os desafios da maternidade solo e da redescoberta do amor na meia-idade. O filme não apenas reafirma o carisma de Renée Zellweger no papel, como também prova que há espaço para histórias românticas que dialogam com diferentes fases da vida.

No fim, o longa entrega exatamente o que se espera de um filme da saga Bridget Jones: humor, romance e situações constrangedoras que fazem o público rir e torcer pela protagonista. Mas, mais do que isso, ele justifica sua existência ao oferecer uma jornada emocional satisfatória, mostrando que finais felizes podem ser apenas novos começos.

Conheça os demais filmes da franquia

Clique nos pôsteres para ler nossa crítica sobre o filme.

O DIÁRIO DE BRIDGET JONES
(2001)

BRIDGET JONES: NO LIMITE DA RAZÃO
(2004)

O BEBÊ DE BRIDGET JONES
(2016)

BRIDGET JONES: LOUCA PELO GAROTO
(2025)