Centrado em uma mulher francesa, O Filho Uruguaio, tem falhas, mas aborda temas importantes, mesmo que não se aprofunde neles.
No drama, há quatro anos, Felipe, o filho de Sylvie (Isabelle Carré, de Respire), foi sequestrado pelo pai, logo após do divórcio do casal. Decepcionada com a polícia francesa, que rastreou os dois, mas deixou ambos escaparem novamente, ela decide assumir o caso e fazer justiça com as próprias mãos junto com a ajuda de Mehdi (Ramzy Bedia, de À Sua Completa Disposição).
Olivier Peyon dirige o longa mas apresenta muitas fraquezas na sua execução. Ele vai para um cenário tão longínquo do Uruguai que soa apenas como uma distração na tentativa de tornar a história mais complexa do que já é. Enquanto isso, ele extrai de Carré uma atuação exagerada que nem sempre condiz com a situação pela qual aquela mãe está passando.
Apesar do tema complicado, o filme não polemiza nas questões essenciais sobre família e parentesco. Ele é inicialmente focado na perspectiva de Sylvie, mas vai gradualmente nos apresentado outra perspectiva através do dia a dia de Felipe.
Ramzy Bedia humaniza Mehdi, que rapidamente se conecta com Felipe, que é encarnado por Dylan Cortes de forma natural.
Fica a dúvida se o não aprofundamento das questões do longa é culpa de Peyon ou até do idílico vilarejo uruguaio onde o filme se passa e até os maiores conflitos parecem diminuir.