“Depois de uma explosão criada pelo vilão Pepê quase matar o Oficial Rocha e seu cachorro Greg, uma cirurgia milagrosa une o que sobrou dos dois em um “Super Tira” chamado de O Homem-Cão”.
Direto dos estúdios da Dreamworks, O Homem-Cão é uma animação baseada em livros, de qualidade visual excepcional, com uma espécie de textura tátil, aproximando os elementos a materiais artesanais reais, técnica chamada de “Feito à mão de alta qualidade” (high-end handmade).
No entanto, os pontos positivos praticamente param por aí.
De maneira geral a animação é infantil, mas, dificilmente eu colocaria uma criança pra assistir, já que possui elementos que julgo serem pesados demais pra uma criança pequena ter contato, como o conceito de morte aplicado de qualquer jeito. Demonstrar em uma maca os protagonistas quase mortos (O cão com o corpo todo enfaixado, e o policial com a cabeça toda enfaixada, enfim). E uma cena em que o filhote de gato abandonado arrasta uma caixa pro meio da rua, diz pra si mesmo “não tenha medo” (ou algo do tipo), e quase é atropelado, – o que pra mim, é uma alusão ao suicídio – salvo de última hora pelo herói do longa.
O roteiro também não é dos melhores, com um humor fraco e quebrado, aliado a uma história fragmentada, torna a experiência irritante e entediante por quase toda a metade do filme. E por falar em fragmentos, a história é dividida em pequenas porções, quase como se fossem vários episódios de uma série. O início sendo o primeiro contato com o gato Pepê e o trágico fim do oficial Rocha, seguindo com o “novo protagonista”, o Homem-Cão, que se torna o “super tira” que prende várias vezes o gato Pepê (pois ele sempre foge).
O longa passa um bom tempo nesses “episódios”, – sem o dinamismo que merecia – que fazem parte da história, mas, que não são a história em si. O real motivo do filme é algo que vai iniciar no, digamos, terceiro episódio, – que começa com o plano de Pepê de criar uma cópia de si mesmo para ajudá-lo em seus planos maléficos – que é a questão do desenvolvimento pessoal, de superar seus traumas, seu lado mal, se tornar uma pessoa melhor, e os personagens sendo unidos pela pureza do ponto de vista de uma criança. Que finalmente aí sim, o filme volta a ficar bom, e ter algo que vale a pena ser assistido.
“Metade homem, metade cão, herói completo”
Um ponto positivo que deve ser salientado, para ser justo, é o da dublagem brasileira, que sabe dar vida e personalidade aos personagens.
Gostaria muito de ter uma outra opinião e nota para essa produção, porém, eu estou tentando ser o mais sincero e honesto que eu posso ser com os leitores, passando a minha real impressão.
Espero que tenham aproveitado a leitura, assistir a esse filme nos cinemas fica por conta de vocês.