De Amor e Trevas

Natalie Portman estreia como diretora com De Amor e Trevas. Seu nome atrai holofotes para a obra, mas igualmente relevante é o nome de Amos Oz, personagem biográfico e autor do livro homônimo no qual o filme se baseia.
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Além de dirigir a adaptação, Portman assina o roteiro e estrela o filme, atuando como a mãe do jovem Amos, um rapaz inocente, de bom coração, que admira o espírito livre de sua mãe. Fania (Portman) sonhava casar-se com algum jovem e vigoroso revolucionário, mas abandona sua alegre vila ao casar-se com Arieh, um aspirante escritor, e fixa residência em Jerusalém. A melancólica cidade, que sangra com as disputas entre israelenses e palestinos, vai constantemente murchando seu ânimo. A mãe, ora afetuosa, sempre disposta a contar parábolas para entreter e educar seu filho, vai afundando-se em depressão. Amos assiste a essa derrocada, com sua admiração inabalada pela figura materna.
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Portman, que desde seus treze anos demonstra seu talento e capacidade de atuação, apresenta uma perspectiva interessante sobre uma história densa. Fiquei intrigado pelo primeiro terço do filme, em especial pela abertura, por sua abordagem poética e ritmo sem pressa. Entretanto, em alguns momentos, a estrutura narrativa parece adoecer do mesmo problema que aflige Fania, o que talvez ilustre uma perspectiva mais consistente para Natalie como diretora do que roteirista. Como atriz, a beldade continua seduzindo e encantando a audiência.
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De origem israelense, Natalie é fluente em hebreu e não surpreende com o tema de seu debut na direção, mas amplia sua projeção artística assumindo também papéis do outro lado da câmera.
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Em tempo: a última cena interpretada por Natalie é bela e poética, e cheia de significados!
Nota:

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