Humano – Uma Viagem Pela Vida

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O que vemos em "Humano - Uma Viagem Pela Vida" são rostos que alocados sobre um fundo negro e compartilhando o que trazem dentro, suscitam sentimentos no nosso mais profundo interior

Segundo dados da ONU, lá pelo fim de 2011 nós, seres humanos, ultrapassamos a marca de sete bilhões de indivíduos vivendo sobre o planeta. Somando-se a isso em agosto deste ano um grupo de cientistas reunidos na África do Sul, por ocasião do Congresso Internacional de Geologia, aprovou por unanimidade a tese de que a Terra vive uma nova época geológica: o Antropoceno, a primeira definida pela ação do homem e que apresenta desafios desconhecidos, pondo em perspectiva nossa própria existência como espécie.

E por falar em perspectiva, é justamente isso que chama atenção em Humano – Uma Viagem Pela Vida, que nos coloca para além da nossa posição de espectador a qual estamos acostumados.

No documentário somos distanciados da nossa identificação como seres humanos. O ponto de vista parece ser outro, nos leva ao lugar de quem observa de fora, como um cientista que se debruça sobre seu objeto de estudo. Isso fica evidente quando não conseguimos ver o horizonte nas tomadas gerais. Não estamos no chão, estamos alheios, observando de cima a arena de existência real e simbólica desses peculiares seres que se definem humanos.

Através de relatos sinceros e emocionantes, colhidos nas mais diversas partes do planeta e com os mais diferentes personagens da vida, o documentário aborda uma miríade de assuntos que são inerentes à condição humana, indo desde o ódio e violência ao amor e felicidade.

O que vemos em Humano são rostos que alocados sobre um fundo negro e compartilhando o que trazem dentro, suscitam sentimentos no nosso mais profundo interior. E assim, com grandeza e simplicidade, nossa pretensa humanidade é confrontada.

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