Como um personagem bem disse, “é como a onda. Vai e vem. Tem que aguentar”. É assim que encarei a longa uma hora desse filme absurdamente chato, inexpressivo e sem nexo (em minha humilde opinião).
Mais com cara de documentário que de ficção, ele começa com citações de palavras aleatórias em alemão, com uma moldura na tela claramente remetendo a uma câmera antiga e que é reproduzida algumas vezes mais no decorrer da “trama”. É até bonitinha, em vista do resto do filme. Depois presenciamos pessoas falando em português, uma seleção de fotos sendo mostradas, basicamente falando sobre estar na Alemanha, sobre Berlim.
Muito Romântico basicamente acompanha esse cotidiano de amigos procurando apartamento na cidade, novas parcerias, umas cantorias bem desafinadas ou com vozes que não sugerem nenhuma emoção e sim uma certa apatia. É principalmente aí que o filme peca, na incapacidade de criar no espectador uma conexão emocional, uma identificação com personagens que parecem entoar um texto de forma mecânica e artificial, não interpretá-lo.
É uma trama tão experimental que você vai querer experimentar um belo de um drink depois. Essa produção parece estar no lugar errado, poderia certamente estar numa galeria de arte ou ser um trabalho experimental de faculdade, mas acho difícil conquistar muitos adeptos a sua “viagem” no cinema.