O Peso do Silêncio

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Como seu antecessor, O Ato de Matar (2013), O Peso do Silêncio termina com uma sequência final perturbadora. Na subida dos créditos, cargo por cargo, é mascarado com um “autor anônimo”, em todos os níveis da produção. Mas isto não é uma surpresa em se tratando do tema delicado que o longa traça um estudo.
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O Peso do Silêncio tira o fôlego e, na sombra de uma cinema documental importante, cuja existência é desconcertante, suas imagens irão perdurar por muito tempo na retina dos espectadores que tocarem seus olhos nesta obra. O diretor Joshua Oppenheimer, um dos mais proeminentes diretores documentais de sua geração repete o seu sucesso de O Ato de Matar com este novo documentário indicado ao Oscar.
Enquanto o filme de 2013 investigava as maneiras como os assassinos em massa racionalizavam a este respeito, O Peso do Silêncio considera as vítimas destes atos, além dos que sobreviveram para lembrar estas vítimas, lembrando que nosso mundo não necessariamente pune os responsáveis por atos tão atroses como um genocídio.
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No filme, após a reencenação do genocídio que matou milhões de pessoas na Indonésia, cinco décadas atrás, uma familia de sobreviventes descobre como seu filho foi assassinado e a identidade dos homens que cometeram o crime, que vivem na mesma rua que os familiares da vítima. Adi, irmão mais novo, decide enfrentar os assassinos, que permanecem no poder e são tratados como herois, sem remorso do que fizeram.
Para as pessoas que viveram os assassinatos em massa na Indonésia dos anos 60, o resto de suas vidas exigiram que eles simplesmente tentassem seguir em frente com suas vidas. Mas como viver sabendo que os líderes dos esquadrões de morte continuam impunes? Pensar que “o passado é o passado”, às vezes, pode ser a solução, mas ela não é fácil. Esquecer, muitas vezes, é o ato mais complicado.
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O filme é uma tensa conversação sobre o tema da culpa versus a justiça que falha nos momentos em que mais precisamos dela. Ele explora a discussão se enterrar o passado de um país pode trazer algo bom para o seu presente e futuro.
O filme não é simplesmente uma busca da verdade, como um meio de tentar reparar as facetas sórdidas da história mundial. É a resistencia assustadora a ideia dele que faz com que as pessoas se convençam de que o passado é passado, e façam com que o longa ganhe a força que ele apresenta.
Nota:

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