O Telefone Preto 2

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"O Telefone Preto 2": Ecos do medo e o retorno do pesadelo

O Telefone Preto 2 é uma sequência do sucesso de terror de 2021, com o retorno do elenco principal, incluindo Mason Thames como Finney, Madeleine McGraw como Gwen e Ethan Hawke como O Sequestrador. A direção é novamente de Scott Derrickson.

Quatro anos após os eventos do primeiro filme, em que Finney conseguiu escapar e derrotar seu sequestrador, O Pegador, ele tenta viver uma vida normal como o único sobrevivente do cativeiro macabro. No entanto, o passado se recusa a ser enterrado. Sua irmã, Gwen, agora com 15 anos e mais determinada, começa a receber ligações em seus sonhos através do telefone preto, descobrindo uma ligação perturbadora e devastadora entre a história de sua família e o assassino que os atormentou. O Sequestrador, mesmo após a morte, se tornou ainda mais poderoso e busca vingança. Finney e Gwen são forçados a confrontar um mal inimaginável que não só ameaça Gwen, mas que está mais conectado aos irmãos do que eles jamais poderiam imaginar.

O longa tem um tom mais sombrio e brutal. Muitos perceberão que a sequência é mais obscura, sinistra, brutal e com mais gore do que o original.

A personagem Gwen (Madeleine McGraw), a irmã, ganha mais destaque e pode ser considerada por muitos o verdadeiro ponto alto do filme. Suas visões e a parte sobrenatural da história são intensificadas.

O retorno de Ethan Hawke no papel do vilão, agora como uma ameaça sobrenatural, é muito interessante, entregando um tom muito “Freddy Krugger” para o personagem. Ele é ainda mais diabólico e aterrorizante, mesmo com menos tempo de tela.

O filme aposta em uma forte carga emocional, trabalhando o trauma dos personagens e misturando sonho e realidade com uma estética sombria e intimista, o que confere um forte teor psicológico. Há cenas que vão emocionar o público.

O longa ainda tem referências e ótimas inspirações em outros clássicos do terror, como A Hora do Pesadelo, O Enigma de Outro Mundo, Carrie — A Estranha, Sexta-Feira 13, O Iluminado e até mesmo Invocação do Mal.

A trilha sonora dessa sequência é mais anos 1980, ao contrário do primeiro, que focava mais nos anos 1970. Temos até referências para bandas como Duran Duran no filme.

No entanto, a narrativa pode ser um pouco longa demais em certos momentos ou que aprofunda aspectos temáticos de maneira muito explicativa ou pouco trabalhada. O arco de trauma de Finney (Mason Thames) não é tão bem desenvolvido quanto o de Gwen.

Em resumo, a sequência é um filme de terror mais ambicioso, assustador e emocional, que evolui a história e os personagens. Uma sequência digna e, para alguns, será até melhor que o filme original. O Telefone Preto 2 é mais gráfico, violento e sangrento, com um tom psicológico mais acentuado, explorando pesadelos e premonições de Gwen. Um pesadelo em forma de filme. Simplesmente surreal! Uma das melhores sequências de um filme de terror nos últimos anos.

P.S.: O autor Stephen King (pai de Joe Hill, que escreveu o conto original) chegou a declarar que o filme é “melhor que o primeiro”.

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