O Predador: A Caçada

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"O Predador: A Caçada": A novidade que a franquia parecia precisar

O Predador: A Caçada oferece uma reviravolta intrigante na franquia Predador ao nos levar para o início dos anos 1700 e nos apresentar a uma heroína indígena. Ambientado nas Grandes Planícies, o filme acompanha Naru (Amber Midthunder), uma jovem guerreira Comanche, que luta para proteger seu povo de uma ameaça alienígena. Este prelúdio à saga se destaca não apenas pelo cenário histórico, mas também por seu foco em uma protagonista feminina.

Diferente dos filmes anteriores, onde o heroi é geralmente um homem armado até os dentes, O Predador: A Caçada nos apresenta uma narrativa centrada em Naru, que utiliza armas primitivas e sua inteligência para enfrentar o Predador. Esta mudança de perspectiva traz uma nova energia para a série, evitando o desgaste das tramas repetitivas e previsíveis. A performance de Amber Midthunder é convincente e cativante, mostrando sua evolução de uma jovem subestimada a uma caçadora destemida.

O diretor Dan Trachtenberg, conhecido por Rua Cloverfield, 10, consegue equilibrar a ação intensa com momentos de desenvolvimento de personagem. As cenas de combate são bem coreografadas e brutais, mantendo o nível de violência que os fãs da franquia esperam. No entanto, a ambientação nas Grandes Planícies e o uso de armas tradicionais dos Comanches adicionam uma camada de autenticidade e inovação.

A trama acontece de maneira bastante direta: Naru, junto com seu fiel cachorro, enfrenta vários desafios, incluindo animais selvagens e colonizadores franceses, até finalmente confrontar o Predador. As sequências de ação são complementadas por uma cinematografia impressionante e uma trilha sonora pulsante de Sarah Schachner, que elevam a tensão e a imersão do espectador.

Embora alguns possam criticar o filme por enfatizar temas feministas, é inegável que a inclusão de uma protagonista feminina forte e uma representação autêntica dos povos indígenas trazem um frescor necessário à franquia. A decisão de Trachtenberg de escalar atores nativos e de Primeiras Nações também é louvável, aumentando a autenticidade e a diversidade do filme.

Os efeitos especiais, embora não sejam perfeitos, conseguem entregar momentos memoráveis, como a cena em que o Predador invisível é revelado pelo sangue e vísceras de um urso. Estes toques visuais criativos ajudam a manter a sensação de perigo constante e a brutalidade do inimigo alienígena.

O Predador: A Caçada se destaca não apenas como um bom filme de ação, mas também como um dos melhores capítulos na série Predador. Ao voltar às raízes da franquia, focando na luta pela sobrevivência contra um inimigo implacável, o filme recupera a essência do que fez o original de 1987 tão icônico. Para os fãs da série e novos espectadores, este filme oferece uma experiência emocionante e renovada.

Em resumo, O Predador: A Caçada é uma adição revigorante e bem-vinda à franquia, combinando ação intensa, uma protagonista carismática e um cenário histórico único. É um lembrete de que, mesmo em uma série de longa duração, ainda há espaço para inovação e novas perspectivas.

Conheça os demais filmes da franquia

Clique nos pôsteres para ler nossa crítica sobre o filme.

O PREDADOR
(1987)

PREDADOR 2: A CAÇADA CONTINUA
(1990)

ALIEN VS. PREDADOR
(2004)

ALIEN VS. PREDADOR 2
(2007)

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(2010)

O PREDADOR
(2018)

O PREDADOR: A CAÇADA
(2022)