Apesar da quinta temporada ainda parecer o verdadeiro final da série, a sétima temporada de Agents of S.H.I.E.L.D. é uma melhoria marcante em relação à sexta e faz um bom trabalho ao levar os personagens a seus desfechos, enquanto se diverte com eles. Não faltaram momentos sérios, mas ficou claro que escritores, elenco e equipe estavam aproveitando a oportunidade inesperada de uma sétima temporada. Vamos analisar!
O enredo principal da primeira metade da temporada envolve a equipe da S.H.I.E.L.D. presa no passado, com sua nave saltando para uma nova década a cada dois episódios. Eles tentam impedir os Chronicons de alterar o tempo para que a S.H.I.E.L.D. nunca existisse, o que permitiria a conquista ou destruição da Terra. O conceito é divertido, com episódios ambientados nos anos 1930 e 1950, incluindo a participação de Wilfred Malick e Daniel Sousa, o que agradou aos fãs de Agent Carter.
Phil Coulson está de volta, agora como um LMD extremamente avançado com todas as memórias de Coulson. Embora a situação esteja ficando um pouco ridícula, pelo menos há referências às várias mortes de Coulson, e considerando que é a última temporada, por que não? Melinda May também é revivida, ganhando a habilidade de sentir as emoções das pessoas ao seu redor, um esforço final para desenvolver o personagem, mas que realmente não acrescenta muito.
Os episódios ambientados nos anos 1970 trazem o Projeto Insight da S.H.I.E.L.D./Hydra de Capitão América: O Soldado Invernal, ocorrendo décadas antes do previsto. Vemos Coulson e May em uniformes clássicos azul e branco da S.H.I.E.L.D., o que gera boas risadas. A trama se complica com saltos temporais sucessivos, culminando em um clássico episódio de Loop Temporal, bem executado com Daisy lembrando de tudo a cada vez, a menos que morra, momento em que o LMD Coulson a informa dos eventos.
Nathaniel Malick, que ganha os poderes de Daisy através de ciência avançada, é um vilão central eficaz, em contraste com a líder dos Chronicons, Sibyl, que é bastante monótona. Nathaniel forma uma aliança com os Chronicons, utilizando o conhecimento de Sibyl sobre o futuro para criar um exército de soldados desiludidos que buscam mudar seu destino. A trama envolve também John Garrett e Kora, a irmã de Daisy, culminando em batalhas que conduzem ao reencontro da equipe com Fitz.
No final, Daisy derrota Nathaniel, Kora se une aos mocinhos, e os Chronicons são destruídos. Descobrimos que Fitz e Simmons tiveram uma filha enquanto estavam no Reino Quântico, e eles se aposentam para criá-la. Daisy, Kora e Sousa começam a viajar pelo espaço, Mack e Yo-Yo trabalham para a nova S.H.I.E.L.D., e May torna-se instrutora na “Academia de Treinamento Phil Coulson da S.H.I.E.L.D.”. Coulson, aceitando sua nova condição, decide viajar pela Terra no carro voador da primeira temporada.
Um episódio em particular, “The Totally Excellent Adventures of Mack and The D”, ambientado nos anos 1980, trouxe um humor exagerado que nem sempre funcionou, lembrando os momentos mais bobos de Legends of Tomorrow. Além disso, alguns episódios trouxeram de volta os Inumanos da pior temporada da série, o que foi uma escolha questionável.
Não está claro se a série ainda faz parte do UCM, mas isso acaba não importando tanto. A sétima temporada aproveita o conceito de linha do tempo alternativa para ajustar a continuidade e oferecer um final feliz para todos os personagens. Agents of S.H.I.E.L.D. termina de forma satisfatória, fechando uma série muito divertida com um desfecho digno.