“Foragidos, os protetores letais resolvem que é hora de retornar e limpar o nome de Eddie Brock, porém, no meio do caminho eles descobrem que um ser monstruoso caçador de simbiontes está atrás deles, e é chegada a hora de uma última rodada…”
Acredito que vale a pena iniciar a crítica pontuando que a produção, – assim como nas obras anteriores – carece de orçamento, o que visivelmente compromete certos aspectos, como momentos e cenas apressadas, pouco desenvolvimento de certos personagens, e até mesmo alguns diálogos curtos e ruins, porém, ao mesmo tempo percebemos que Venom: A Última Rodada se esforça para ir além, sendo grandioso a sua maneira, entregando satisfatoriamente aquilo que faz muito bem, proporcionando um ótimo desfecho para os fãs, e entretenimento de qualidade para os espectadores em geral.
“Ground Control to Major Tom
Take your protein pills
And put your helmet on” – Space Oddity por David Bowie
Neste terceiro capítulo temos o encerramento do arco de Eddie Brock e Venom, em um filme que supera as expectativas proporcionadas pelos antecessores, Venom e Venom: Tempo de Carnificina, entregando ainda mais ação, efeitos especiais, e cenas hilárias.
Seguimos a história de Eddie e Venom, fugitivos da polícia, que agora tem em seu encalço não apenas o governo com uma operação militar especial, mas, também um monstro alienígena especializado em caçar simbiontes pelo universo, pois nas sombras em uma distante prisão uma figura poderosa e sinistra está em busca da chave para a sua própria libertação, uma que só Venom possui.
O humor está sempre presente, seja como motor de determinadas cenas, ou como alívio cômico em momentos em que o filme se encaminha para ficar sério e pesado demais, proporcionando, de maneira geral, um clima mais leve.
Também fica claro o quão infeliz e deprimido Eddie Brock está, devido aos rumos que sua vida tomou, já que em mais ou menos um ano, ele morreu, – experimentando a dor e chegando próximo da morte outras vezes mais – perdeu sua namorada, seu emprego, carreira, e se tornou um fugitivo altamente procurado. Demonstrando também, que ser um “herói” e salvar o mundo, não traz, necessariamente, sucesso e reconhecimento.
Os efeitos especiais são sensacionais, sendo claramente um dos pontos altos da produção, e para coroar a trilogia, além de animais em simbiose, temos muitos simbiontes, cada um com cores e características próprias.
Além de Tom Hardy (Eddie Brock), – que também atua como produtor e escritor da história – Venom: A Última Rodada conta também com o ótimo ator Chiwetel Ejiofor (como o militar Rex Strickland), a atriz June Temple (como a Dra. Teddy Payne), Rhys Ifans (como o Hippie e entusiasta de Aliens, Martin), Andy Serkis (como Knull), e reprisando seus papéis, Stephen Graham (Patrick Mulligan) e Peggy Lu (Senhora Chen).
O grande tema da obra, – nebuloso em meio a tantas cenas de ação – é que devemos nos permitir aproveitar a vida, sem esperar pelo melhor momento ou as melhores condições, afinal, não sabemos quanto tempo temos com nós mesmos ou com as pessoas que mais são importantes para nós. Memento Mori.
“Somos Venom”
Curiosidade:
- No site oficial Venom.movie existe uma sessão chamada “Venomize my pet” em que você pode transformar seu pet em uma versão simbiótica!
[ALERTA DE SPOILER] Qual será o futuro da franquia dentro do Sony’s Spider-Man Universe (SSU) após o encerramento do arco de Eddie Brock e Venom? O que podemos especular é de que o “manto” simbionte irá passar para a que parecer ser a personagem “Agonia”, uma simbionte ligada a Doutora Teddy Payne, além disso, o personagem Knull poderá ser o primeiro grande vilão do universo cinematográfico da Sony.
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